terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Rio e morro de amar

Imaginei que fosse encontrar uma verdadeira guerra civil! Antes de embarcar recebi um telefonema de um amigo curitibano, que ao saber que estava indo em direção as terras cariocas me aconselhou a comprar coletes a prova de bala, pois a imagem transmitida dessa cidade não é das melhores. Confesso que fiquei super assustado, já tinha feito uma programação extremamente segura para não ter decepções, fiz um acerto com uma agência para conhecer os pontos turísticos com conforto e segurança e fiquei de fechar assim que chegasse ao aeroporto um veiculo particular com um guia. Como não havia me atentado para o horário de verão meus planos deram errados, não tinha ninguém a minha espera no galeão, ficamos desamparados. Poucos minutos se passaram e decidimos “nos virar”. Pegamos um veículo no aero em direção ao nosso destino (Copacabana - Zona Sul). Nesse período dentro do ônibus fui conhecendo cada lugar da zona norte, pois como se trata de um veículo de transporte para turistas ele passeia por diversos lugares da cidade. Aos poucos fui perdendo todo o medo que tinha adquirido ainda no Aeroporto de Salvador, alguns dias já instalados aqui no rio, fui tirando minhas próprias conclusões e percebendo que o que acontece na realidade é uma vontade demasiada da mídia em destruir o turismo carioca, são fatores políticos que prejudicam a cidade que aos poucos está me mostrando que continua sendo maravilhosa digna de ser a oitava maravilha do mundo. A cada minuto que passa vou apenas reafirmando o quanto esse povo é hospitaleiro e gentil, aqui como em qualquer outra cidade brasileira os níveis de violência são elevados, porém esta longe de ser uma cidade marginalizada como é veiculada para o mundo, a população daqui é muito educada, e fazem de tudo para nos deixar feliz, sinto-me ovacionado a todo o momento pelo simples fato de ser baiano. Visitei o pão de açúcar, corcovado (Cristo Redentor), andei de metrô, conheci as garotas de Ipanema, caminhei pela Barra, Leblon, Botafogo, subi o morro da Urca, a comunidade da Vide Gal, como um autêntico carioca fui a diversos lugares e conclui que o Rio de Janeiro continua lindo, continua sendo... Alô, alô, Terezinha Aquele Abraço!... Uma coisa que me deixou bem curioso foi à origem do nome carioca, é um nome indígena (tupi) que na tradução significa casa de branco, engraçado que associei imediatamente com os capixabas que também tem origem tupi, entre outras nomenclaturas utilizadas pelo nosso português. Vejo como fomos dependentes dos índios e hoje não se reconhece seu valor. Rio continue sendo essa cidade que atrai a todos com seu charme, quem visita aqui logo quer morar. Esses dias serão guardados na memória como alguns dos melhores da minha vida.
Rio, rio, rio
Rio pra não chorar
Pra quem não sabe sou rio
A cantar
Som do Flamengo
Soa ali em Botafogo
Sou da casquinha do ovo
Essas flores
Na Rocinha vou plantar
Quem olhar minha barraca
No morro da Santa Marta
Quer morar
Se tenho fome
Como logo o Pão de Açúcar
Urro no morro da Urca
Se quero abraço
Tenho o Cristo pra abraçar
Tamborim pra ti tarol
Escalados pelo sol
Rio e morro de amar.

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