sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Sou de qualquer lugar
Eu sou minha nação
Tenho somente o sonho
E o mapa do mundo em minhas mãos
Por onde eu passar
Vão lembrar de mim
Finco minha bandeira
Eu sou brasileiro, eu nasci assim

Eu nasci pelas mãos de Janaína
Eu cresci aprendendo a me virar
Minha mãe fez milagre, e eu menino
Vi o peixe e o pão multiplicar
Eu sou meio Saci, Macunaíma
Tenho o sangue guerreiro de Zumbi
Com Dadá de Corisco eu aprendi
A cruzar meus desertos e sertões
E dos Santos, Drumont, dos aviões
O direito sagrado de ir e vir

Sou martelo na mão de Aleijadinho
Esculpindo a queimada de Krajzberg
Eu sou as reinações de Narizinho
Sou Lobato engolindo Gutemberg
Salve Cícero padre, meu padrinho
Pela areia que vaza na ampulheta
Desde o tempo em que a terra era perfeita
Sem fronteiras, primeiro e nem segundo
Lá do Sol...sou do tal terceiro mundo
Igualzinho a qualquer um do planeta

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